Um conhecimento que circula pelas ruas (2)
" .... Um grafite ou uma pichação tem uma informação, assim como uma faixa amarela sobre o chão, a sinalização tátil de alerta e direcional (sentido da visão e do tato). O meio fio, também chamado de guia, delimita os espaços dos automóveis e dos pedestres...... "
Jornal de Hoje.
26/01/15
Natal/RN
Quem não se comunica se
trumbica, já dizia o Velho Guerreiro. O líder de audiência também dizia que na
TV nada se cria, e tudo se copia; como uma alusão as palavras de Lavoisier: “Na
natureza nada se cria. Nada se perde, e tudo se transforma”. Abelardo Barbosa
estava com tudo e não estava prosa. O Velho Guerreiro tomou emprestado um
teorema da ciência, e levou para a comunicação.
A comunicação esta por toda
parte, chega pelos sentidos do corpo humano e pelos aparelhos criados pelos
humanos. Um grafite ou uma pichação tem uma informação, assim como uma faixa amarela
sobre o chão, a sinalização tátil de alerta e direcional (sentido da visão e do
tato). O meio fio, também chamado de guia, delimita os espaços dos automóveis e
dos pedestres. Ruas para carros e calçadas para pedestres (o sentido da visão).
Um carro ao subir uma calçada, ultrapassando o meio fio, vem um balanço ou uma
trepidação (tato), um alerta ao motorista de estar em local errado.
Chacrinha tinha por hábito
distribuir alimentos ao publico e troféus aos participantes, que também podiam
ser alimentos. Era patrocinado por uma rede de supermercados que hoje não
existe mais. Usava uma cartola, e sobre o peito um grande disco de discagem,
lembrando os antigos telefones, e a comunicação. E ainda tinha uma buzina,
pendurada no pescoço, para reprovar calouros em seu programa. Buzina um símbolo
e instrumento de pequenos negociantes, que levavam ou ainda levam mercadorias
em triciclos ou pequenos carrinhos, pelas ruas, e de porta em porta, acionando
a buzina (audição), para atrair clientes. Pequenos comerciantes como padeiros, sorveteiros,
pipoqueiros, peixeiros e verdureiros. Pipoqueiros podem alem de usar buzinas e
suas vozes, podem usar também o aroma das pipocas, durante o processo de
preparo de sua mercadoria, como estratégia de divulgação. Uma informação
circulando no ar, o olfato instigando o paladar. De vendedores ambulantes com
carrocinhas de lanches, chegamos hoje ao fast food truck, levando um maior
apelo de marketing, com gestão de alimentos, e critérios de manipulação.
Chacrinha fez associações
entre as mercadorias e a comunicação, dando oportunidade a autores e cantores, e
a calouros também, de exporem suas opiniões em suas canções, e com suas vozes.
Os que ali em seu programa se apresentavam tinham a oportunidade de apresentar
seus produtos, ou seus serviços. Como a sua imaginação usadas em composições, associada
ao seu conhecimento. E tendo suas vozes, como instrumentos de divulgação.
Desde os tempos muito remotos,
o homem teve uma necessidade de se comunicar. O texto bíblico já mostra por
diversas vezes, uma comunicação do homem com Deus. Uma comunicação entre o céu
e a terra. E por vezes uma comunicação silenciosa, chegando a brados em direção
aos céus. Hoje vemos e observamos igrejas e religiões. Umas com orações
silenciosas, e outras com um grande bradar, lembrando chuvas torrenciais,
trovoadas e relâmpagos.
Alem de uma comunicação com Deus
o homem teve a necessidade de se comunicar com outros homens, pessoas com
outras moradas, instaladas em outros lugarejos, em outras cidades, outros
países e outros continentes. As respostas sempre vieram do céu. Hoje o homem continua
sua busca incessante em descobrir vidas em outros planetas, em busca de novos
vizinhos planetários. Assim como Deus poderia enviar respostas vindas do céu,
muitas respostas hoje também chegam do céu, estão armazenadas nas nuvens.
Continuamos atrás de
respostas vindas do céu. Vivemos em busca de novas descobertas siderais, para
que possamos um dia se comunicar com os novos vizinhos. Vizinhos com os quais poderá ser possível
trocar informações, trocar necessidades e negociar serviços e mercadorias. Como
negociar pousos e decolagens. Tal como navios e aviões negociam suas próximas
escalas, por alguns mesmos motivos: de abastecimentos e manutenções; para embarques
e desembarques de mercadorias e passageiros. Tudo gera e é gerado por
comunicação.
Nos transportes terrestres, usamos
rodovias e ferrovias. Navios e aviões circulam em hidrovias e aerovias, obedecendo
a critérios de navegação, aérea, marítima ou fluvial. Cada sistema de
transportes pode ter suas regras e suas comunicações. E muitas formas de
comunicações, transferindo um conhecimento e uma informação, são comuns a todas
as modalidades de transportes, da modalidade a pé a modalidade motorizada, na
terra, no ar e no mar.
Natal/RN
– 25/01/15