Dia
da “METEROLOGIA”
No dia 23 de março é comemorado o Dia Meteorológico
Mundial. Atividade que consta no calendário da OMM, a Organização Meteorológica
Mundial, órgão da ONU. E o dia 14 de outubro pode ser entendido como uma data meteorológica
nacional, já que a regulamentação da profissão de meteorologista aconteceu em
14 de outubro de 1980. Depois de muito esforço e luta da SBMET, a Sociedade
Brasileira de Meteorologia, um órgão social e científico da classe, englobando
Técnicos em Meteorologia e Meteorologistas. A partir desta data (14/10/80),
profissionais que já exerciam, ao longo de um tempo, a atividade de previsor de
tempo, em empresas mistas e estatais, passaram a poder usufruir do título de
Meteorologista. Muitos conseguiram sem frequentar a academia, um título
acadêmico. Ficaram equivalentes e equiparados aos formados pela academia, denominados
como: Bacharel em Meteorologia. A profissão de Técnico em Meteorologia já estava
regulamentada.
Meteorologia, o estudo dos meteoros, o estudo das
condições atmosféricas [meteoro do grego, aquilo que esta no ar, que se faz ver
na atmosfera]. É a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos. Fenômenos que
nos acompanham no dia a dia, influenciando em decisões e as atividades. na
cidade e no campo, na região urbana e na região rural, nas estradas e nas
paradas ao longo das vias. Seus parâmetros influenciam em viagens, permanências
e estadias, de cargas e passageiros. A meteorologia e a climatologia têm uma
grande influencia na economia com a produção agrícola e seu escoamento. Safras
dependem das condições climáticas ideais, com quantidades de chuva e de sol, em
quantidades satisfatórias e necessárias, uma especialidade de estudos da
agrometeorologia e da agroclimatologia.
A ciência da meteorologia começou pelo empirismo,
pela observação, pela necessidade de um simples agricultor arar e semear, plantar
e colher. De alguém sair para caçar, coletar ou pescar. O céu trouxe e mostrou as
primeiras observações necessárias. O homem como sempre procura respostas no
céu. Um conhecimento antigo diz que quando determinadas constelações apareciam ou
aparecem no céu, indicavam ou indicam a hora de plantar (“Os sinais enviados
pelo céu” em Publikador).
A meteorologia é uma ciência puramente observacional,
desde o seu inicio. Gera seus indicadores a partir de observações. Observando o
céu com ou sem Sol, observa a Lua e as estrelas, com nuvens ou sem nuvens;
ventos e marés. Observando os comportamentos dos animais: pássaros, insetos e
mamíferos; repteis e anfíbios. Com o tempo foi envolvendo parâmetros
científicos. Fazendo medições para então fazer previsões, analisando o
comportamento atmosférico.
Analisando o texto bíblico encontramos Noé que
recebeu um aviso do céu. Deus lhe envia um aviso, e como deveria proceder
diante o fato do aviso anunciado. Noé tomou suas providencias de construir uma
arca, capaz de suportar chuvas e enchentes. Providenciando então um abrigo
seguro para sua família e os seus animais. Um comportamento típico de um homem
do campo, ou de homens moradores de regiões em alagadiças que prevendo grandes
chuvas providenciam um abrigo para seus animais. E os animais com seu instinto de
preservação se encaminham para o abrigo. Um casal de cada animal garantiu a
preservação das espécies, segundo o texto bíblico.
Continuando a busca por respostas no céu, a
meteorologia trabalha com satélites, que circulam e circundam a Terra enviando
informações. A repetição bíblica dos personagens bíblicos. Os meteorologistas
trabalham com mensagens e imagens que vem do céu. O satélite funciona como Deus,
mandando sinais e mensagens. Radares podem rastrear e avisar, prever e
antecipar mudanças de tempo nas próximas horas.
Ainda hoje diariamente em horários pré-determinados
em cada uma das estações meteorológicas, um observador meteorológico observa o
céu, observa o tempo e observa os aparelhos meteorológicos na estação. Descreve
toda sua observação visual, e a coleta de medições dos aparelhos. Codifica suas
anotações em códigos meteorológicos, que podem ser encaminhados pelos sistemas
de comunicação. Chegando a um grande centro de meteorologia as diversas
informações, que se concentram ali para conjugar todos os dados e compor uma
previsão do tempo para as próximas horas. Com acumulo de conhecimentos e
observações, tenta-se uma previsão para um maior período de tempo.
A ciência evolui, o conhecimento evoluiu e o homem
se acha capaz de não precisar de observações. Com enormes e possantes computadores
baseados em dados coletados ao longo dos anos criam-se modelos matemáticos, que
são analisados e a partir daí fazem as novas previsões. Ainda faltam muitos
dados a serem inseridos para chegar a previsões mais precisas. As modificações
do planeta pelo homem, ao longo do tempo. Ela altera os resultados das próximas
previsões.
A formação de um meteorologista consta de pelo menos
dois anos de estudos de matérias ligadas ao curso de engenharia: Calculos (I,
II, III e IV) e Físicas. (I, II, II e IV). Mais as geometrias analíticas e
descritivas. Entre logaritmos, senos e cosenos, derivadas e integrais, a
dominação da engenharia, desde quando todos os cursos ligados aos cálculos
matemáticos e as engenhosidades estavam pertencente aos cursos de engenharias. Depois
a engenharia foi se dividindo e se repartindo em diversas engenharias, inclusive
as operacionais.
Depois de pagar uma divida histórica, com os engenheiros
e o curso de engenharia, cursando suas matérias básicas, o estudante de
meteorologia pode então se dedicar à sua ciência. Depois de prestar contas com
o curso ao qual pertencia anteriormente e historicamente. Novas matérias podem
ser elencadas na grade curricular. Daí então poderá entrar nas matérias
específicas como: Climatologia, Meteorologia Aplicada e outras.
Antes da regulamentação da profissão, os profissionais
que já exerciam a atividade de meteorologista, fazendo previsão de tempo, foram
beneficiados com a regulamentação. Adquiriram então o status de
meteorologistas. Para os que não possuíam nível superior, não foi necessário
cursar as cadeiras acadêmicas da engenharia, e nem outras.
Hoje a meteorologia faz parte do noticiário diário,
que oferece uma previsão do tempo para moradores da cidade com um enfoque
voltado ao transito, ao funcionamento dos transportes, principalmente ao
funcionamento dos aeroportos em função de estarem abertos ou fechados. O
enfoque meteorológico rural tem ganhado maior espaço nos noticiários com o fato
da preocupação com as reservas de água no planeta.
Com a questão cautelosa das reservas de água no
planeta, os meteorologistas estão recorrendo a informações que vão além e aquém
de seus conhecimentos científicos. Um grupo de meteorologistas vem se reunindo
com grupos de agricultores com um legado de conhecimento, transmitido por
gerações e gerações. Grupos do sertão que fazem previsões de tempo de modo
empírico. Observando a natureza e fazendo estratégias premonitórias que mais
parecem rituais simbólicos. E a meteorologia volta ao seu comportamento
inicial, o de observar tudo a sua volta. Para então depois cientificar os atos
e os fatos usados pelo sertanejo.
E depois de tantas exigências, informações e
conhecimentos, para a formação de profissionais da meteorologia. Convivemos
diariamente com informações em telejornais matinais, onde a moça do tempo fala:
“Chuvona aqui a ali”, e “Pancadão ali e acolá”. Mais outras com outros: “Céu de
claro a nublado, mas pode chover a qualquer momento”
O popularesco aprendeu a falar corretamente a
palavra “meteorologia”, muitos falavam incorretamente “meterologia” e outras
variações. E agora com o nome correto, a decadência do conhecimento. A perda do
status do cientificismo, e até o telejornal fala no popularesco.
Texto
citado
“Os sinais enviados pelo céu” em Publikador.
Texto publikado em:
Roberto Cardoso
Desenvolvedor de Komunicologia.
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