O
SUSto da fraude.
O cidadão cadastrado no SUS,
supostamente um cadastro nacional, ao mudar de cidade, pode ser recadastrado. O
futuro paciente domiciliado na nova cidade, em busca de um atendimento
ambulatorial, pode descobrir que pode ser necessária uma atualização cadastral,
fornecer documentos de praxe (Cartão do SUS, RG, CPF e comprovante de
residência), no atendimento municipal e no cadastro nacional do SUS. Deve
procurar um local de atendimento municipal e fazer um recadastramento,
atualizando seus dados cadastrais.
Com um recadastramento, na
nova cidade recebe um novo cartão SUS, com um novo numero de cadastro nacional.
Daí então um novo SUSto. Uma duplicidade de cartões em um cadastro único de um
sistema único. Um cartão que dá acesso a sua saúde, de uma saúde que é sua, e
unicamente sua.
Trocando o cartão do SUS, e
trocando o número do cartão, mais um SUSto. Um SUSto ao imaginar que seus
prontuários anteriores podem ser descartados. Suas consultas e seus médicos
anteriores podem ficar no numero anterior. Um descarte do seu histórico
medicamentoso e patológico pessoal; e um histórico de patologias familiares.
Efeitos do SUSto. Seria o
recadastramento municipal uma forma de fraudar o sistema? Seria o
recadastramento uma forma das prefeituras justificarem um numero de pessoas
cadastradas no SUS, e um numero de cadastrados estabelecidos em sua cidade? E
com este numero justificar verbas ao governo federal? Seria uma maneira de
conseguir um maior numero de cadastros para cada vez justificar uma maior verba?
Verbas para cofres públicos municipais que não saberemos o quanto entrou em
beneficio da saúde, e o quanto realmente foi gasto com saúde para um numero de cidadãos
informados e cadastrados.
Dentro de hospitais
acontecem fraudes com números de AIH (Autorização de Internação Hospitalar), um
numero emitido e remetido ao SUS, quando um paciente precisa ser internado. Com
um número novo no cartão SUS, há a possibilidade de criar um novo paciente sem
histórico.
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Regiões Metropolitanas
existem em torno das capitais estaduais. Utilizando a Grande Natal como
exemplo. A Região Metropolitana de Natal é formada por dez municípios,
interligados. Formando a maior concentração populacional do Estado do Rio Grande
do Norte. Diariamente milhares de trabalhadores ou não trabalhadores partem de
cidades mais próximas em direção a capital para exercerem suas atividades,
sejam elas por meio de carteira assinada ou mesmo atividades exercidas por
profissionais liberais e autônomos. Saem de suas cidades em busca de trabalho,
escolas e hospitais. Saem de suas cidades em busca de oportunidades e
facilidades.
Muitas das cidades da Grande
Natal funcionam como cidades dormitório, onde o trabalhador sai pela manhã, e
retorna no final do dia para sua residência. Diariamente centenas e milhares de
pessoas passam para outro município da Grande Natal. E até mesmo alguns que não
fazem parte da Região Metropolitana de Natal, podem adentrar e sair o espaço
geográfico em um mesmo dia. Uma massa de pessoas cria ondas de um lado para
outro.
Diariamente cidades podem
ficar vazias com postos de atendimento de saúde também vazios, enquanto uma
massa populacional esta ausente trabalhando, resolvendo problemas e pendências,
e até mesmo estudando em outros municípios. Daí vem um SUSto, estariam as
prefeituras recebendo valores referentes a quantidade de pessoas cadastradas? E
diariamente ausentadas?
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Em caso de emergência a
solução poderá ser sair em busca e encontrar uma UPA (Unidade de Pronto
Atendimento), e correr os riscos dos novos SUStos. E na tentativa de encontrar
um local, para ser atendido, UPA, upa. Upa cavalinho vamos arribar e buscar
outro lugar para apear, porque aqui não dá. Não é á toa que o cidadão em busca
de um atendimento médico é chamado de paciente.
Entre
Natal/RN e Parnamirim/RN, 02/02/15
O SUSto da fraude.
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