segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O SUSto da fraude.






O SUSto da fraude.





O cidadão cadastrado no SUS, supostamente um cadastro nacional, ao mudar de cidade, pode ser recadastrado. O futuro paciente domiciliado na nova cidade, em busca de um atendimento ambulatorial, pode descobrir que pode ser necessária uma atualização cadastral, fornecer documentos de praxe (Cartão do SUS, RG, CPF e comprovante de residência), no atendimento municipal e no cadastro nacional do SUS. Deve procurar um local de atendimento municipal e fazer um recadastramento, atualizando seus dados cadastrais.

Com um recadastramento, na nova cidade recebe um novo cartão SUS, com um novo numero de cadastro nacional. Daí então um novo SUSto. Uma duplicidade de cartões em um cadastro único de um sistema único. Um cartão que dá acesso a sua saúde, de uma saúde que é sua, e unicamente sua.

Trocando o cartão do SUS, e trocando o número do cartão, mais um SUSto. Um SUSto ao imaginar que seus prontuários anteriores podem ser descartados. Suas consultas e seus médicos anteriores podem ficar no numero anterior. Um descarte do seu histórico medicamentoso e patológico pessoal; e um histórico de patologias familiares.

Efeitos do SUSto. Seria o recadastramento municipal uma forma de fraudar o sistema? Seria o recadastramento uma forma das prefeituras justificarem um numero de pessoas cadastradas no SUS, e um numero de cadastrados estabelecidos em sua cidade? E com este numero justificar verbas ao governo federal? Seria uma maneira de conseguir um maior numero de cadastros para cada vez justificar uma maior verba? Verbas para cofres públicos municipais que não saberemos o quanto entrou em beneficio da saúde, e o quanto realmente foi gasto com saúde para um numero de cidadãos informados e cadastrados.

Dentro de hospitais acontecem fraudes com números de AIH (Autorização de Internação Hospitalar), um numero emitido e remetido ao SUS, quando um paciente precisa ser internado. Com um número novo no cartão SUS, há a possibilidade de criar um novo paciente sem histórico.

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Regiões Metropolitanas existem em torno das capitais estaduais. Utilizando a Grande Natal como exemplo. A Região Metropolitana de Natal é formada por dez municípios, interligados. Formando a maior concentração populacional do Estado do Rio Grande do Norte. Diariamente milhares de trabalhadores ou não trabalhadores partem de cidades mais próximas em direção a capital para exercerem suas atividades, sejam elas por meio de carteira assinada ou mesmo atividades exercidas por profissionais liberais e autônomos. Saem de suas cidades em busca de trabalho, escolas e hospitais. Saem de suas cidades em busca de oportunidades e facilidades.

Muitas das cidades da Grande Natal funcionam como cidades dormitório, onde o trabalhador sai pela manhã, e retorna no final do dia para sua residência. Diariamente centenas e milhares de pessoas passam para outro município da Grande Natal. E até mesmo alguns que não fazem parte da Região Metropolitana de Natal, podem adentrar e sair o espaço geográfico em um mesmo dia. Uma massa de pessoas cria ondas de um lado para outro.

Diariamente cidades podem ficar vazias com postos de atendimento de saúde também vazios, enquanto uma massa populacional esta ausente trabalhando, resolvendo problemas e pendências, e até mesmo estudando em outros municípios. Daí vem um SUSto, estariam as prefeituras recebendo valores referentes a quantidade de pessoas cadastradas? E diariamente ausentadas?

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Em caso de emergência a solução poderá ser sair em busca e encontrar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), e correr os riscos dos novos SUStos. E na tentativa de encontrar um local, para ser atendido, UPA, upa. Upa cavalinho vamos arribar e buscar outro lugar para apear, porque aqui não dá. Não é á toa que o cidadão em busca de um atendimento médico é chamado de paciente.


Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 02/02/15

O SUSto da fraude.

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