segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Amarelos QAP/QSL/QTA


Amarelos QAP/QSL/QTA

 

 

 
PDF 465
 
 
 
Há um tipo de fazenda em chamboques e modelos padrões, onde predomina a cor amarela, com tendência a cor de jerimum. E além de um uso doméstico, este catoco de tecido está sempre associado o seu uso, nas ruas, praças e avenidas, cigarreiras e bibocas. A flanela já foi por muito tempo o instrumento de trabalho do engraxate, que depois de muito uso e reuso, perdia suas tonalidades de cores amarelas e de jerimuns, adquiria as cores de sapatos engraxados e lustrados. Os engraxates trabalhavam agachados diante dos seus clientes manicacas, os possuidores de bons calçados, com portes ilustrados, que retribuíam o serviço com alguns centavos. Poucos eram os engraxates que trabalhavam em locais melhorados, muitos construíam sua caixa de engraxate com madeiras reaproveitadas do final da feira. E com uma escova de sapato, e um pouco de graxa, saiam batendo na caixa, e na latinha, atraindo os clientes para ganhar uma laminha.

A função dos engraxates encontrados pelas ruas e praças da cidade, aos poucos foi se extinguindo, com a popularização do uso de tênis, papetes e sapatilhas, que não precisam de lustro e de graxa. Mas o pano amarelo e suado, agora distiorado, continuou pelas ruas da cidade, foi parar nas mãos de uma outra categoria de profissionais remunerados com alguns centavos. Continuou nas ruas, e ficou nas mãos de guardadores de carros, guardadores não regulamentados, que foram denominados popularmente de flanelinhas, também conhecido como pastorador de carro, que utilizam do catoco, para sinalizar manobras, e limpar os carros parados ou estacionados. Carros amarrados nas portas tal como cavalos e jegues no passado.

Flanelinhas trabalham por centavos na função de pastorar os carros caningados, de muitos motoristas abestados, exibindo supostas condições de engraxados e ilustrados, uns abilolados e amostrados, querendo ser aprumado. Com estacionamentos privatizados ou regulamentados, os denominados de flanelinhas pastoradores tendem a se extinguir, perdendo seus tempos de lustros e glorias, tal como os engraxates. Baterão então suas caixas em outros lugares, em um novo empreendimento arrretado; em uma outra nova lapada.

A cor amarela é a cor básica das regras das ruas, uma cor para chamar atenção de motoristas, antes de um erro imprudente ou um perigo eminente. Semáforos ou sinaleiras e até farol e sinal, indicam esta cor antes do verde ou do encarnado, para chamar atenção aos próximos movimentos a serem engatados. O sinal verde ou vermelho, com a interseção do amarelo também vale para os pedestres em suas travessias sobre faixas pintadas, de ruas e avenidas. Nas ruas existem simbologias de cores e formas, delimitando espaços e preferencias escalonadas. Dentro de poucos minutos ou segundos a cor amarela, apaga e dá a vez para outras cores. Apenas sinaliza um QAP.

Nas frutas, a cor pode ser um sinal que está pronta para ser colhida. Primeiro a fruta fica verde, depois amarela, avisando que a próxima coloração pode ser um risco vermelho para ingerir, ou colocar na panela. O amarelo é uma cor transitória, limite de tempos e espaços.

Entre a rua e a calçada, a cor amarela está presente, com uma faixa, para limitar os espaços de veículos e pedestres, a faixa transitória entre os meios. Meio fio pintado de amarelo, também indica um respeito e coerência ao pedestre, que tem como limite a calçada, como seu espaço protegido e determinado. A faixa amarela e continua, indica que não se pode estacionar. As faixas pintadas na beirada das calçadas também sinalizam ao deficiente visual, um eminente perigo de um degrau, e o lugar onde circulam veículos, por um piso táctil de cor amarela, com uns pitocos por cima da cerâmica. Cores e formas para diferentes usuários. Para que o deficiente visual não se machuque, ou não se atrapalhe, não deve haver veículos à frente, junto da faixa continua amarela, ou ao longo do piso táctil.

E o amarelo circula pelas ruas. Dai a razão de a grande parte dos tratores terem a cor amarela, para chamar atenção de quem está próximo de uma máquina em movimento: forte, potente e lento. Uma famosa marca de cavalos mecânicos, que puxam carretas, também tem a cor de jerimum, uma cor para chamar a atenção, tal como um extintor de incêndio tem a cor avermelhada, uma forma de acudir os desesperados. Bombeiros e ambulâncias vermelhas, vão em busca de salvar vidas.

Carros vermelhos e amarelos, chamam a atenção em uma frota de carros circulando nas ruas, com cores variando do branco ao preto, com intermediários tons de cinza misturados. Uma Brasília amarela também fez muito sucesso, na moda da cor chegou o Camaro amarelo. Brasília ou Camaro, apesar da fama ou do sucesso, não estão autorizados a estacionar sobre as calçadas, não dá para afolosar.

Uma pilha depois de muita propaganda e reclames, foi denominada e reconhecida na praça do comercio, como as amarelinhas. Chegou a pilha do gato e dividiu o mercado. E as antigas pinhas vão perdendo o mercado, a medida que aumentam as alcalinas, com o aumento de uma vida util. E novas pilhas com novos minerais, vão entrando no mercado.

Na cidade do Sol, que é de cor amarela, podemos encontrar amarelos em pares de jarros, com os seus diminutivos agalegados. Pequenos amarelos que tal como o Sol, procuram um abrigo ao anuncio das próximas chuvas, rápidas e intermitentes. Talvez seja possível encontra-los escondidos e imbiocados em abrigos, suas nuvens permanentes, ou amoitados em oitão. Quando encontrados aos pares estão sempre ocupados, com sorrisos amarelos, ao conversar lorotas com seus pariceiros, ou com celular preso nas oreias. Por vezes as pareias podem estar também ocupadas com seus rádios ligados, aguardado as novas ordens da estrela maior. Um sorriso amarelo para mostrar que estão QAP. A estrela maior de quinta grandeza, estrelando sistematicamente como estrela televisiva, em jornais regionais, anunciando impedimento e desvios, de ruas e avenidas.

Os pequenos amarelinhos quando solicitados a trabalhar, ou quando interrogados, usam as prerrogativas de parangolés e desculpas do serviço público em dizer; não estou em serviço ou não estou de plantão; não é a minha atividade e não é minha função; maiores esclarecimentos procure a coordenadoria, estou muito ocupado não posso dar atenção; meu chefão está de gabola em uma gravação, pois vai aparecer na televisão; o efetivo é pequeno, e estamos aguardando um edital ou uma licitação. E outros leros leros e lengas lengas lambusadas. É melhor lavar a burra do que lenhar-se.

Seguindo a ordem natural, dos amarelos, eles entram em extinção. E os pequenos amarelos da cidade amarela também vão se extinguindo, por pouco serem vistos, e não sendo atendidos pelo povo quando encontrados mal-humorados. O cidadão e o pedestre vão ficando com um sorriso amarelo ao exigir seus diretos de usar a calçada ou a passarela, e não encontrar um simples amarelinho para fazer cumprir e não dar trela. Reforçar as regras, e as leis que impeçam carros malamenhados sobre as calçadas; motociclistas e motos estacionados, e fugindo de um garguelo; e outros trens garapeiros, arengando quem anda de pé na calçada, com uma maçada.

É muita gastura. As ruas e calçadas estão um entojo, o nó da goiaba. O transito um nó cego torando dentro. E as pareia amarelas aguardando QSL, para começar a trabalhar.

Deixem de leseira e fiquem curiando, evitem QTA ao pegar o beco, escafedendo para não virar reeira estribuchada.

 

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 31/08/15

 

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
Plataforma Lattes
Produção Cultural

 

 

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sábado, 22 de agosto de 2015

Pink e Floyd de Mucuripe a Mossoró


Pink e Floyd de Mucuripe a Mossoró

Uma história bem curtinha e fácil de contar

 
PDF 455
 


 
Pink e Floyd de Mucuripe a Mossoró. Uma quinta no bel lugar com Pink e Floyd, um Time com pouco Money fez Echoes na quinta literária. A quinta começou com as velas do Mucuripe dedilhadas em cordas coloridas e violadas. Sem delongas e modéstias, arrepare não no comportamento do mediador. Enquanto o mediador passava as fichas de anotações sobre a mesa, se achegaram Pink e Floyd para contar as suas histórias, bem curtinhas e fáceis de contar. Entre falas e cordas, sons e versos, contadas em versos e prosas, em arames e cordéis, com músicas por barbantes e cordas. Uma mistura de cantoria e verso. Um representante das terras alencarinas veio para cantar e tocar. E a seu lado estava uma mossoroense, com cordel e com gingado de professorado.

As velas do Mucuripe se achegaram a Mossoró, no olho do elefante, e se encontraram em Natal, bem ali na Salgado. Uns dizem que é em frente ao Walfredo, outros dizem que é perto do meio do caminho. A velas voltaram do mar para contar suas histórias. Histórias do Ceará com músicas de Belchior, voltaram para dizer que a cultura vem se perdendo, e ainda possuem um medo de avião. Um avião que canta e toca forró.

Na plateia o relato de sons de garrafas inexistentes, enquanto um bolo seridoense com cobertura clécia os aguardava do lado de fora. Rocks progressivos foram anotados em cordéis. Festivais musicais foram lembrados. E o bolo foi arrebatado pelos ventos, não sobrou nada no ar.


22/08/15

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
Plataforma Lattes
 

domingo, 9 de agosto de 2015

Roberto Cardoso (Maracajá)


Roberto Cardoso (Maracajá)

Roberto Cardoso (Maracajá)

Produção intelectual.

 

 

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sábado, 8 de agosto de 2015

IDOLATRIA


·     
 
 
 
IDOLATRIA 
Amo-te como um bicho Raivoso, Medonho e sem Escrúpulos Acorrentado à certeza única de que não foste meu
Ages comigo do cerne do amor como um ateu
De negativas, de palavras quase sempre torpes Generalizas
Louca Insana Insaciável
Bebendo desta fonte Inesgotável Nectar dos deuses Cálice divino.
Calice do meu amor e de minha promessa Não quebrada
Viscejas tal anjo Vil, pátria entre tantas a mais amada
idolatrada, penetrante visão do amor Transbordante e eterno Em seu apogeu!!
 
Erilva Leite.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Incultos nas igrejas

Incultos nas igrejas

Cultos, incultos e ex-cultos.
PDF 443

 
Em cultos e missas, nas igrejas e similares, os participantes e os fiéis, vão em busca de um conhecimento religioso, um saber maior e mais abrangente, um saber além dos colégios e das escolas, algo mais social, socializável, a convivência do homem em um grupo, suas relações sociais. Um saber, uma informação e um conhecimento para aprender, guardar, distribuir nas ruas, e levar para casa.

Um aculturamento místico geral, com direito a rituais e expressões diferenciadas. Orações cantadas, e cantos orados, com ou sem acompanhamento instrumental. Momentos de reflexão, oração e fé; e momentos inertes e calados. A presença de pessoas na igreja, como um comportamento religioso, milenar e social. O antigo espaço de aprendizagem. O espaço reservado para cultos e orações, a comunhão dos fiéis, que devem aprender a repartir e dividir, não só o pão e o peixe, mas os espaços também.

Atividades proporcionando benefícios, no bem-estar, na sobrevivência, na convivência e na própria religião, com formas, normas e critérios. Uma religião, um religare, a religação com o Criador. Aquele dito e entendido, como o criador de tudo e de todos, e assim defendem as religiões, os fiéis e os infiéis. Com o conhecimento contido na Bíblia, seus exemplos e suas interpretações.

Um conhecimento que possa ajudar a resolver e a conviver, com os seus problemas terrestres: carnais, econômicos e judiciais; fraternos, familiares e matrimoniais. Buscam nas leis mosaicas o princípio do conhecimento jurídico. Nas palavras de Jesus o alento atento para a compreensão, do arrependimento, do desgosto e do amor. AMOR, o caminho que retorna a ROMA, o lugar de onde foi difundido o cristianismo, que atravessou O MAR. Uma informação contida em quatro letras: M-A-R-O.

O conhecimento básico, médio e superior, está oculto, e está escrito, descrito e inscrito na Bíblia, o livro dos livros. Nas palavras dos profetas, buscam entender os seus destinos no futuro. As escrituras sempre presentes, com parábolas e metáforas; lições, aprendizagens e aperfeiçoamentos.

Estudam e decoram versículos e capítulos, do Pentateuco aos Hagiógrafos, passam por Poetas e Profetas; legislação e história. Seguidores com argumentos de padres e pastores citam exemplos de testamentos, comportamento e compaixão, lembrando o capitulo, o versículo e o autor. Julgam exercer a pratica por conhecer a teoria contida na Bíblia, participam de estudos bíblicos dominicais, com teorias e teologias. Julgam, sem admitir serem julgados, consideram-se os escolhidos, sem ter a certeza que serão os chamados. Conhecem as leis de Deus, mas não conhecem as leis de Newton: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço; e para toda ação a uma reação igual e em sentido contrário. E periodicamente, sistematicamente, estão presentes na Casa do Senhor, casas conduzidas e controladas, administradas e ministradas, por um homem na roupagem e posição de padre ou pastor, com seus vereadores, deputados e ministros; conselheiros e oradores.

Reúnem-se em salas, salões, assembleias, missas e cultos, para discutir e conhecer a palavra, assim dizem os seguidores dos cultos e da religião, consideram-se fraternos e irmãos. Estão aptos e abertos para seguir o inculcamento ditado pelos padres e pastores. Como não possuem conhecimento e discernimento torna-se necessário seguir uma orientação, e uma interpretação, dos que estudaram e cursaram seminários. Seguem as vidas e as ditas de padres e pastores. Adoram seus orientadores, tornados santos, e como seguidores cultuam a imagem dos seus comportamentos e seguimentos.

Chegam nas igrejas com o sovaco benzido, ungido e ilustrado, com a Bíblia debaixo do braço, e esquecem algumas leis que existem do lado de fora, no ex-culto, fora da missa e fora da prece. As regras de respeito ao próximo, e as regras da acessibilidade. O direito de ir e vir do cidadão, ainda que não frequentem as igrejas. Os chamados homens de fé priorizam ali do lado de fora, as suas próprias necessidades, atrapalhando outros irmãos. Ocupam ruas e calçadas impedindo que outros façam o que mais fez Jesus, caminhar. Com a Bíblia na mão andam de carro. Padres e pastores tem vagas reservadas, e circulam com veículos sobre as calçadas. Fiéis ocupam paradas de ônibus, impedindo que outros acessem um veículo raro e coletivo, que lhe proporcionará novos caminhos. Acreditam que rampas de acesso, estão ali estrategicamente posicionadas, para não amassar a sua porta veicular, ao abrir e fechar.

Em cultos e missas, em igrejas e similares, encontramos os incultos no lado de fora, as atitudes do ex-culto, o lado de fora da igreja depois do culto, da missa, e da celebração. O direito de ir e vir é de todos, e quem estaciona já chegou, não exerce mais o seu direito. O ir e vir não inclui um direito de estacionar, e impedir o ir e vir de outro ao tentar passar. Não tem o direito de impedir a acessibilidade de idosos e deficientes, e dos cadeirantes, sozinhos ou acompanhados. Ter um veículo, não condiciona um direito e um poder de superioridade, independente de cultos e rezas. Existem normas e regras que são universais. Existem símbolos constituídos, construídos e grafados (Komunikologia), destinando os caminhos e os espaços de cada um, de cada grupo.

Religiosos assíduos, com ares de bem-sucedidos e bem arrumados, no estilo paletó e gravata (alguns surrados, suados e esfarrapados), não se importam ou se incomodam pelo que acontece do lado de fora, de seus templos idolatrados. Praticam uma hermenêutica elitista e corporativista, com ares e cheiros escatológicos. Estacionam seus carros em qualquer espaço, orando, rezando e julgando, que Deus protege o seu patrimônio automotor. Um Deus onisciente para saber o que acontece do lado de dentro, e do lado de fora da igreja; onipresente para estar do lado de dentro da igreja, acompanhando as orações dos fiéis, e do lado de fora para pastorar (vigiar), seu patrimônio, com a sua onipotência, protegendo dos pobres e desafortunados, os que fora da igreja por eles são desclassificados.

Pastores orientem suas ovelhas, como se comportar fora da missa e fora da igreja.

Vigiai e olhai bem o que fazes!

 

 

Texto disponível em:


 

 
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN; em 03/08/2015