Planaltus brasiliensis sp
Um Vírus Poeticus
PDF 560
Vez por outra, existem doenças
que ficam em moda, chegando a uma epidemia. Enquanto o povo chama por alguns
momentos, de andaço, os médicos podem chamar de incidência de viroses. E o
termo virose já (está) estava ficando muito comum, tornando-se banalizado, ou
ao ponto de tornar-se um diagnóstico correto. Ao não reconhecer uma doença, o
paciente saía (ou sai ainda) do consultório, com o diagnóstico simples, de virose.
Como uma patologia que acomete muita gente, por um tempo, e depois passa sem
deixar vestígios. Até que um dia, um paciente, foi diagnosticado com uma virose
bacteriana. O diagnóstico correu pelas redes sociais, inclusive com imagem. O
médico parecia querer ser mais exato quanto a doença diagnosticada. Faltando
definir o vírus e a bactéria, que agiam em conjunto.
Recordando aprendizagens
anteriores, foi ensinado e aprendido na escola que doenças são resultados de
infestações por vírus ou bactérias. Cada uma com algumas características
próprias, que definiriam o prognóstico e a medicação, atacando um vírus ou uma
bactéria. E então surgem médicos misturando as duas vertentes infecciosas, da
aprendida ciência denominada biologia, culminando com a patologia.
O vírus da moda atualmente, é
o vírus do Chikungunya, que colocou o vírus da Dengue e vírus da Zica em
hibernação, em um momento de esquecimento. Dividiram espaços e
responsabilidades, reduziram estatísticas da epidemia de Dengue. Virus Z, D ou
C, todos transmitidos pelo mesmo mosquito, um antigo reincidente, já acusado de
ser o transmissor da febre amarela. E desde o descobrimento, eles defendem as
nossas terras, contra explorações e ocupações de povos estrangeiros. Não
sabemos aqui, se há notícias, de índios com febre amarela, e se há, ou sempre
teve, eles conhecem o medicamento e a prevenção. Talvez usem repelentes
encontrados na floresta como a denominada citronela, ou plantas similares. Talvez
seja uma estratégia, de viverem pintados. Ou vivam em total simbiose com o
inseto, tal como com os animais. Quem sabe então, o Chikungunya, nos proteja de
uma outra e nova infestação, a de ideias e dominações de outros países. Com
suas tecnologias, sistemas econômicos, políticos e religiões. Mas já
determinaram estratégias de protegerem seus futuros filhos, com cabeças grandes
e duras, com combate de mosquitos.
Relatos científicos dão conta
que o Chikungunya é o responsável pela microcefalia que acomete recém-nascidos
(RN). Alguns casos já foram inicialmente verificados. E a ciência, por
orientação, alterou parâmetros de detecção, do diâmetro de medição do crâneo do
RN, e aumentou a incidência. Provou-se a incidência por dados estatísticos. E
tal como outros testes, divulgam-se possibilidades e suspeitas, nunca certezas.
Mas sem pesquisas de
laboratórios, sem sangue colhido dos pacientes, podemos tirar outras conclusões
com informações colhidas no noticiário político. Políticos que costumam sempre
tirar o braço da seringa, pelos seus atos cometidos. E com certeza, estes não
fornecerão amostras de sangue, para uma pesquisa. O vírus pode não ter somente
contaminado os RN. O vírus pode acometer também a classe política. Seus
palácios cercados de lagos e fossos, podem ser criadores de mosquitos. Um vírus
que parece diminuir suas mentes, ainda que tenham um crâneo de adulto. Reduzem
responsabilidades e cognição.
Já faz algum tempo, políticos
estão sendo acometidos por um esquecimento. Uma amnesia de atos administrativos
e políticos. Podem estar perdendo neurônios ou massa encefálica. Fazem relatos e depoimentos de não ter
ciências de casos e fatos, juram ser imunes a diversos maus comportamentos. E o
principal sintoma é dizer: Eu não sabia. E o primeiro tratamento a ser indicado
é o óleo de peroba.
Com tantos combates e
inseticidas. Com tantas pesquisas para modificar um mosquito geneticamente,
pode ter surgido uma outra espécie, cansada de sugar o sangue do povo,
preferindo infestar os políticos que podem lhe dar mordomias.
Em 22/01/16
Roberto Cardoso
“Maracajá”
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