segunda-feira, 26 de outubro de 2015

SSP – Sobre Saúde Pública


SSP – Sobre Saúde Pública
 
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Saúde publica é muito mais que a disponibilização de postos de saúde com oferecimento de vacinas e orientações de saúde à população residente no bairro e arredores, com diversidade de especialidades médicas e consultas ofertadas. É muito mais que a disponibilidade de ambulatórios, clinicas e exames laboratoriais; é muito mais que a disponibilidade de leitos e exames específicos em hospitais. É muito mais do que as ambulâncias que prestam serviços aos acidentados.

Saúde pública começa na porta de casa, começa no portão que dá acesso à rua. O direito de ir e vir, e a liberdade de entrar e sair. Saúde pública começa ao sair do espaço privado ou particular, e entrar no espaço público, o espaço entendido como do direito de todos circularem, sem impedimentos que possam limitar o seu caminhar. Saúde pública é poder ir a uma instituição de saúde, e poder voltar para casa. Ter caminhos e calçadas livres até os pontos ou paradas de ônibus, com coberturas para proteger do sol e da chuva. Espaço necessário para aguardar coletivos com tempos de intervalos não calculados e não esperados, com um abrigo para os imprevistos.

Saúde pública começa por baixo das ruas e calçadas, na porta de casas ou de estabelecimentos diversos, onde circula a água encanada e tratada, junto com a oferta da coleta da agua usada, a coleta de esgotos sanitários. Saúde começa pelas ruas onde há coleta de lixo comum e lixo classificado ou selecionado, com critérios de riscos e insalubridade. Saúde pública começa com cada proprietário ou inquilino, conservando e mantendo limpa e livre, a sua própria calçada. O direito de todos circularem livres pelas calçadas, descalços ou calçados. Com pisos planos e sem obstáculos.

Saúde pública começa com a possibilidade de sair de casa com calçadas livres e desimpedidas para permitir a circulações de pessoas a pé, com bengalas, muletas ou cadeiras de rodas, indivíduos com ou sem alguma deficiência de locomoção. Saúde pública precisa que os carros não ocupem as calçadas. Saúde pública começa com lugares para circular uma ambulância, ou mesmo um carro particular para transportar necessitados em busca de ambulatórios e hospitais públicos, e até particulares.

Cada carro é uma responsabilidade e um problema de seu proprietário ou condutor, responsabilidade de procurar ambientes e espaços destinados as suas paradas e estacionamentos, sem impedir ou ocupar o espaço do outro com direitos primitivos adquiridos. Existe uma escala de prioridades para ocupar os espaços. Um sistema de informação e comunicação já foi criado, com placas, faixas, desenhos e cores, identificando os espaços. Uma komunikologia está presente nas ruas, por cores e obstáculos.

Saúde publica começa com o direito de circular livre para chegar a um médico ou farmácia. Começa com calçadas livres para acessar lugares ondem existam alimentos para ser oferecidos, prontos ou ainda por preparar. O alimento é o primeiro medicamento, preventivo de males e doenças.

Saúde pública começa com calçadas e acessos liberados, entradas de farmácias de redes particulares; entradas de clinicas e hospitais públicos ou privados. Transito livre de ambulâncias, com direito ao estacionamento, as rápidas paradas de urgências e emergências.

Saúde pública começa com ruas e avenidas não permitindo os estacionamentos ao longo do meio fio, que impedem a travessia de uma rua, deixando o pedestre preso sobre um passeio, impedido de atravessar a rua pelos carros estacionados, todos enfileirados.

Saúde publica começa pela facilidade de ir a algum lugar, com recursos deambulatórios próprios, a acessibilidade.

 Texto disponível em:


 

Em 26/10/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
Plataforma Lattes
Produção Cultural
 
 
Maracajá
 
Outros textos:
 
 
 
 
 
http://jornaldehoje.com.br/search/roberto+cardoso
 
 

 

Ainda sobre saúde pública.

 

Saúde


Saúde e Conferencia


Os SUSustos do SUS


O SUSto da fraude


 

Segurança nas ruas.

 

A Relatividade de um metro quadrado


Legislando sobre a calçada alheia


Manifestação silenciosa


Regime de engordamento.


Amarelos QAP/QST/QTA


Incultos nas Igrejas


Tem algo coisado na parada


Na tal tolerância zero – Resgatando uma novidade (RN)


 

 

Sobre komunikologia.

 

Nas trilhas da komunikologia


Komunikologia I


Komunikologia II


Enfermagem e komunikologia


Komunikologia em odontologia


Uma komunikologia no militarismo


Komunikologia dos alimentos


Komunikologia em segurança publica


Komunikologia em farmacologia


 

Conhecimento e informações nas ruas.

 

O conhecimento que circula pelas ruas (parte 1)


O conhecimento que circula pelas ruas (parte 2)


O conhecimento que circula pelas ruas (parte 3)


O conhecimento que circula pelas ruas (parte 4)


O conhecimento que circula pelas ruas (parte 5)


 

domingo, 18 de outubro de 2015

Recordando uma Batalha na Avenida Roberto Freire


Recordando uma Batalha
na Avenida Roberto Freire

PDF 508
 
 
DICOTOMIA NATAENSE (*)
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Enquanto uns poucos passam velozes, pelas avenidas, em seus carros com nomes atípicos ao nosso vocabulário, outros muitos tentam atravessar as mesmas avenidas, que parecem ter sido construídas apenas para aqueles habilitados a conduzir belos veículos.

Da mesma forma que aqueles muitos hoje dedicam parte do seu tempo investindo em seus futuros, buscando uma oportunidade futura no mercado de trabalho. Também buscam diariamente uma oportunidade de atravessar uma avenida.

Na Av. Eng° Roberto Freire em frente à Faculdade Maurício de Nassau é possível ver a cena, diariamente: dezenas de carros transitando em um vai e vem contínuo e milhares de alunos tentando atravessar a avenida, se esgueirando, se contorcendo e torcendo por uma oportunidade, não só de concluir a sua faculdade, mas também de atravessar a avenida.

Segundo informações ouvidas pelos corredores universitários, autoridades do transito alegam que a poucos metros existe um sinal onde os alunos podem atravessar a avenida. Uma travessia garantida por um semáforo que possibilita atravessar com segurança apenas uma das pistas. E a outra como fazer? Como atravessar? Do mesmo modo que se atravessam as duas pistas em frente à faculdade! Questiono as autoridades competentes e autorizadas no conhecimento da engenharia de transito. Qual o volume diário de pessoas que atravessam usando o sinal próximo ao Supermercado Favorito? É de conhecimento dos seus departamentos? 

Na Faculdade Maurício de Nassau segundo fontes oficiosas, conhecedoras, mas não autorizadas a fornecer a informação, são mais de 3.200 alunos matriculados. É verdade que muitos chegam e saem de carro, de moto ou de carona, ainda assim teremos um número considerável. Mas a faculdade não é só para quem é motorizado. Com tantas oportunidades de crédito educativo, entende-se que não! Uma maioria sem meios próprios de locomoção está presente.

Com funcionários, professores, acompanhantes e transeuntes, algum passageiro incauto necessitando de um transbordo entre coletivos, chegaremos a um número considerável de pedestres atravessando diariamente naquele ponto da avenida. Suponho que muito superior ao contingente que atravessa no sinal próximo do supermercado.

Portanto senhores Engenheiros da engenharia de tráfego façam sua reengenharia e coloquem no local: uma faixa de pedestre, ou um sinal com botoeira, ou uma placa indicativa de travessia de pedestre, ou uma placa indicativa de travessia escolar ou uma placa indicativa para os veículos reduzirem velocidade, ou uma lombada, ou uma lombada eletrônica. Pensem numa solução melhor, sem escamoteamento. Afinal o dinheiro público que paga seus salários é para que pensem e criem soluções.

Qualidade de vida começa com o direito de ir e vir, e para todos! 

Natal/RN 

(*) Texto Publicado:

Novo Jornal em 12/maio/2012 – Natal/RN

Jornal do DCE da Faculdade Mauricio de Nassau em Dezembro/2012 – Natal/RN


 

BATALHA NA AVENIDA ROBERTO FREIRE (**)
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O homem estuda o universo e observa padrões. Estuda o corpo humano, a mente e continua a observar padrões. Analisa a história e também observa padrões.

  Por séculos a humanidade desejou, brigou e guerreou por produtos e coisas tangíveis. Hoje o produto de maior valor é intangível, o bem mais precioso é o conhecimento, a informação.

Quartéis dos poderosos, dos históricos conquistadores de novas terras, em séculos ou décadas anteriores se reencontram em Natal/RN. Simbolicamente, cada com suas estruturas, hábitos e práticas. Holandeses, portugueses, americanos e potiguares se instalam na Avenida Roberto Freire. Recrutam semestralmente novos contingentes, cada qual buscando obter um exército maior, mais competitivo. 

Os quartéis da Roberto Freire, com seus brasões e símbolos heráldicos à frente, exibem-se diante da avenida, mais avançados ou mais recuados, com maior ou menor ângulo de visão e exibição. Dispostos para combate e marcha em posição ou formação de flancos ou pela cabeça (Maquiavel). 

Toda grande universidade ou grande quartel militar está instalada ou localizado em um campus, um espaço grande e aberto para absorver a energia do universo. A Avenida Roberto Freire não disponibiliza grandes espaços, a especulação imobiliária não permite. O campo verde e energético à frente, o Parque das Dunas, é comum á todos, mas o chi ou ch’i, a energia universal corre com muita velocidade pela avenida e há os que sabem usufruir, não deixando a energia fugir, captando o necessário.

Cada nação ali representada prepara um exército que daqui a dois, quatro, ou cinco anos irá levar suas bandeiras á guerra de mercado. Gramsci (1891-1937) enfatizou que a guerra é a máxima concentração nas mãos de poucos, a máxima concentração de indivíduos nos quartéis. 

A avenida observa uma guerra pelo poder do conhecimento, uma disputa pelo campo educacional, cada qual com seus planos de negócios e suas missões. A economia dos bens simbólicos (Bourdieu, 1930-2002) estabeleceu aquela avenida como seu campo de batalha. Não existe lugar melhor da Cidade do Natal/RN para tropas opositoras se encontrarem e se instalarem para uma guerra, uma avenida socialista, ampla com projetos de ampliação e melhoria. Local de batalhas que não haverá mortos e feridos. Cada qual com seu discurso de melhor qualidade, usando argumentos astutos e científicos para persuadir e garantir seus poderes estaqueados na miséria das maiorias, a miséria do conhecimento. Não haverá vencido ou vencedor, mas irá se destacar aquele que tiver o êxito, aquele que enviar a melhor tropa ao front. Não bastará quantidade, mas sim, qualidade, conhecimento, tática e estratégia, em cada especialidade.

Roberto Freire nome de engenheiro e político socialista. Também é nome de um psicólogo renomado, empresta seu nome a importante via urbana da Cidade do Natal. A avenida que liga a região costeira ao interior, permitindo a interiorização das tropas. A avenida que possibilita e facilita o acesso ao campo de pouso e ao comércio. Facilita a movimentação das tropas turísticas acampadas em luxuosos hotéis junto ao litoral da Praia de Ponta Negra. 

As tropas turísticas já chegaram, desembarcaram, e continuam chegando via navegação aérea, em grandes naus tripuladas. Primeiro chegaram os portugueses com suas naus da denominada TAP ou Air Portugal. Agora estão chegando os holandeses nas naus da K Line, em breve chegaram os americanos nas naus da American Airlines, United, Delta e outras. Isto sem contar outros povos localizados no hemisfério norte com tecnologias para cruzar em poucas horas a linha do Equador. 

A China vem se destacando no cenário internacional com a maior população mundial e despontando como grande mercado consumidor e exportador. O RN já prepara o seu novo aeroporto para receber o maior avião de passageiros do mundo o Airbus, A380.

Portugueses e holandeses sempre foram bons navegadores, desde no limiar da Idade Moderna lançavam-se à conquistar novas terras, novas riquezas. Construíam suas próprias naus. Holandeses ainda estão no mercado de navegação com seus Fokers. Aos poucos perderam a posição de liderança na construção de naus para navegação. 

Com o avanço tecnológico, e aumento da demanda de transporte, hoje estes antigos navegadores recorrem ao uso de naus maiores fabricadas por outros povos, inclusive pelo consórcio Inglaterra-França. Duas nações que já tiveram no ápice de importância diante do mundo, montam grandes ônibus aéreos, os Airbus. Os estadunidenses deverão chegar com naus de fabricação própria, seus Boeings.

No século XVII aconteceram guerras holandesas contra os portugueses aqui instalados, as guerras pelo açúcar, o bem tangível da época. Holandeses tentaram controlar as fontes brasileiras de produção. Hoje estes povos deparam-se novamente, aquartelados com seus líderes e opositores do passado em destaque, Estácio de Sá e Maurício de Nassau. 

Estrategicamente entre estes dois que já se enfrentaram no passado, portugueses e holandeses instalados na Avenida Roberto Freire, encontramos um exército de paz ‘UN’ United Nations associado ao exército local os ‘P’ de potiguares. Potiguares, capitaneado por um laureado, palavra que significa eminência ou associação com a glória literária ou militar. É usado para os vencedores do Prêmio Nobel (Wikipédia). 

(**) Texto Publicado:

Jornal de Hoje em 30/julho/2012 – Natal/RN

 

ROBERTO FREIRE, NOTÍCIAS DO FRONT
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Batalha na Avenida Roberto Freire. Notícias do front. Um novo exército entra na batalha. A guerra está declarada, obter a paz significa abdicar da fantasia do lucro máximo, utilizar meios governamentais de custeio do aprendizado. Um aprendizado vendido e oferecido à prestação. Um curso de graduação em nível superior leva em torno de quatro a cinco anos, no mínimo e em sua maioria. Hoje os chamados cursos superiores tecnológicos — CST são concluídos em dois anos, e ainda oferecem certificações parciais antes da certificação final. Ao terminar se faz necessário cursar uma especialização de mais dois anos, opcional, para entrar no mercado de trabalho com algum diferencial.  

 Um novo exército entra na batalha da informação e conhecimento. Com suas instalações recuadas, situadas fora do teatro de operações, faz seu ingresso na batalha através de recursos utilizados durante a Segunda Grande Guerra. Panfletos eram lançados sobre o “inimigo” tentando persuadi-los a se render antes de um ataque maciço. Hoje com avanços de técnicas e estratégias de marketing, outdoors são instalados, promovendo um encobrimento visual de outros. O exército de Cultura e Extensão do RN lança este tipo de petardo, procurando fazer uma cortina na frente do inimigo. 

Em situações de guerra ou conflitos urbanos, cortinas de fumaça são formadas para confundir o inimigo ou agressor facilitando o avanço de tropas. Cortinas também podem ser colocadas para ocultar o estabelecimento de complexos sistemas de relações e mediações criando o que Gramsci (1891-1937) chamou de hegemonia, uma dominação que uma parte da sociedade exerce sobre a outra (Tortorella).

Na Segunda Guerra Mundial, o lançamento de panfletos por meio de aviões foi um dos meios novos de se combater, objetivando manejar e manipular a informação a amigos e inimigos em zonas ocupadas, foi adotado em todos os teatros de guerra. Aviões aliados lançaram milhões de panfletos no decorrer de diversas incursões (Lilian Mascarenhas). Existe uma pista de aviões desativada dentro do Parque da Dunas, uma área militar pertencente ao Exército.

Análise do campo in loco. Kant criticava os filósofos que subiam ao alto de torres para filosofar. Kant afirmava que era impossível filosofar em locais com muito vento, situação característica da cidade do Natal, e do corredor criado pela Avenida Roberto Freire. Ali naquela avenida o chi corre rápido, não há sinuosidade que o segure, que reduza sua velocidade, fazendo com que cada exército de instrução tenha que procurar alternativas ao vento. É necessário conhecer um estudo de ares e climas dos sítios, o climare (Vitrúvio 27 aC).

 Os exércitos produtores de acontecimentos e conhecimentos são obrigados a aumentar doses de ataques. E como aqui acontece uma guerra que não produz nem mortos e nem feridos utilizam as armas de marketing colocando outdoors na frente dos inimigos fazendo-os perderem espaço visual na avenida, ao mesmo tempo em que promovem recrutamento. Buscam belas imagens que passam mensagens subliminares, sabendo que o primeiro enquadramento gráfico é mais potente que o segundo. A cidade está repleta de outdors dos citados exércitos, com imagens em close de formandos e formados, felizes e com traços fisionômicos belos. 

Outro fator importante é o que há por trás dos prédios. Sabemos apenas que a cidade do Natal não é saneada, mas não sabemos como cada um, lida com esta situação, de que maneira estes dejetos são tratados, transferidos e acondicionados. É necessário conhecer um estudo dos sítios, quais os salubres ou quais os pestilentos (Vitrúvio 27 aC). É impossível agregar conhecimento em cima de terrenos insalubres ou pestilentos. Vivemos uma época tecnicista em que só acreditamos no que é visível ao microscópio ou telescópio. Sem acreditar no que possa estar ao nosso lado e simplesmente nossos olhos não vem. Os miasmas que Hahnemann usou como pedra fundamental, para melhor entendimento de sua doutrina foram esquecidos. 

Ambientes insalubres e pestilentos já foram assuntos preconizados por Florence Nightingale (1820-1910). Florence é um marco na história da enfermagem por mudar um paradigma do tratamento de doentes e feridos, inclusive na Guerra da Criméia (1853-1856), da qual participou como voluntária. Florence entendia que o asseio, a limpeza e o cuidado seriam essenciais na recuperação de enfermidades. (Baptista e Barreira). A sociedade está enferma com carência de conhecimento e informação. 

 

 

Conflitos de gênero na Batalha da Roberto Freire (***)
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 Organizações vem enfrentando desafios a tornarem-se e continuarem produtivas tendo condições de manterem-se no mercado. Buscam ambientes flexíveis e adaptados a constantes mudanças. Diversificam seus quadros funcionais tornando-os mais heterogêneos. (Capelle).

No princípio o homem, com seu espírito de aventura e desbravamento abriu os caminhos para novas descobertas. Com o passar dos tempos estes caminhos foram sendo caminhados, repassados e o homem deixou de descobrir e desbravar para voltar onde já tinha ido, e os caminhos tornaram-se trilhas. As trilhas deixaram de ser transitadas somente pelo homem, mas pelo homem e sua prole. As proles se instalaram e formaram as cidades, onde o homem novamente abriu ruas e avenidas. No princípio do Universo era Deus. E o homem é um enviado de Deus. 

A Avenida Roberto Freire, que um dia já foi Estrada de Ponta Negra, foi batizada com um nome que caracteriza o gênero masculino. Nome de uma família da terra, tal como a de Gilberto Freyre, o sociólogo do sertão. Instalaram-se ali as empresas, as escolas, as faculdades e as concessionárias de automóveis. Empresas se instalaram na Roberto Freire. E os poderosos, os donos do saber, donos do conhecimento e donos do poder se apossaram d(a)s instalações. Esqueceram quem detém a informação. A teoria feminista pós-moderna fundamenta-se em tecer críticas ao conhecimento e a informação (Callas & Smircich, in Capelle)

O homem, gênero masculino e não espécie conduz a empresa com um (a) administração ortodoxa, tradicional, baseada em conceitos e afirmações, com inflexibilidade. O mundo, o universo tem que estar em equilíbrio de forças e energias. 

Uma empresa para atingir o seu público alvo, o seu cliente é necessário estar em equilíbrio com estas forças e energias. É necessária uma administração holística. Para alcançar a gestão de qualidade é necessário ter qualidade de gestão.  

Mas os homens, cuja vida terrestre é breve, por não saberem harmonizar as causas dos tempos idos, e das gentes que não viram nem conheceram, com as que agora veem e experimentam e, como também veem facilmente o que no mesmo corpo, na mesma hora e lugar convém a cada membro, a cada tempo, a cada parte e a cada pessoa, escandalizam-se com as coisas daqueles tempos, enquanto aceitam as de agora. (Santo Agostinho)

Hoje a partir da linha de pesquisa da Avenida Roberto Freire no RN encontramos de um lado da via, justamente do lado onde podemos ainda encontrar sinais da Mãe Natureza com sua fauna e sua flora mesmo por cima das areias ou terras formadas pelas dunas uma reserva natural com resquícios da Mata Atlântica. Onde quem sabe talvez os cientistas descubram que por baixo daquelas dunas há um grande cetáceo. Encontramos ali diversas coordenadoras de cursos em uma universidade federal conduzida por uma Reitora, numa cidade administrada por uma Prefeita que por sua vez tem uma Governadora que faz parte de uma Federação presidida por uma Presidenta.

Não é à toa que o símbolo representativo do sexo feminino é um círculo com uma cruz voltada para baixo, posicionada como uma intenção de fixar, de ancorar à Terra. Ao contrário o homem tem como símbolo uma seta voltada para cima dando uma noção de antena como uma das hastes da seta (antena) voltada ao universo e a outra voltada para a superfície da terra. Recebendo mensagens e informações do espaço e retransmitindo a quem está na superfície terrestre. Fazendo a conexão, um link do Universo com a Terra.

(***) Texto Publicado:

Jornal de Hoje em 20/agosto/2012 – Natal/RN

 

 

Jung na Batalha da Roberto Freire
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Uma análise junguiana da Batalha na Roberto Freire. Carl Gustav Jung ou simplesmente Jung foi um psiquiatra suíço que viveu entre 1875 e 1961, fundador da psicologia analítica, ou psicologia junguiana. (Wikipédia). Atendendo a um convite prefaciou a primeira edição inglesa do I Ching - O livro das mutações. Fato que não aconteceu com a edição alemã. Jung pesquisou os arquétipos na formação do indivíduo

Os portugueses no século dos descobrimentos viviam à margem do rio Tejo próximo ao mar tal como a Estácio se posiciona na Roberto Freire. Uma conhecida música portuguesa que diz que ‘navegar é preciso viver não é preciso’ e hoje navegamos na internet. Navegaram pelos mares desconhecidos e sempre procuravam uma formação geográfica natural para abrigar suas embarcações do mar aberto e do mau tempo. Baía de Guanabara e Angra dos Reis no Estado do Rio de Janeiro, Baía de Todos os Santos na Bahia, Santos e São Vicente no litoral paulista, são alguns exemplos.

Holanda também conhecida por países baixos, e holandeses instalaram-se no Brasil, justamente numa cidade com uma barreira natural, junto à praia, os arrecifes. Uma barreira natural para proteger suas embarcações, mas também um impedimento a alguém posicionado na praia de olhar o mar e avistar a linha do horizonte, tal como seu país com suas terras abaixo do nível do mar, não sendo possível ver o horizonte, a linha formada pelo céu encontrando com o mar. Instalou-se em um prédio mais alto que a maioria das construções ali encontradas no logradouro público. Diante dos ventos no RN, lembrado os moinhos existentes na Holanda para fazer uso da energia eólica que bombeia diuturnamente a água que invade seu território. E procurando um novo prédio para futuras e novas instalações, um prédio abaixo da do nível pista da avenida.

Os americanos ampliaram seu território a custa de guerras e extermínio de índios nativos e formaram um país com acesso a dois oceanos. Com a frente voltada para a Europa de onde vinham as informações e o conhecimento. E com os fundos voltados ao mundo denominado oriental, com suas tradições e empirismos, optaram por uma ciência estatística e pragmática. Colhem suas frutas do quintal na região denominada Califórnia, onde produzem boas frutas e correm o risco de se tornar uma bagunça devido a falha de Santo André. Instalaram a capital em Washington DC, que se traduz por Distrito de Columbia ou seria um direcionamento do mundo, Depois de Cristo? O mundo passou a olhar, a nortear suas ideias e pensamentos. Fato criticado por Paulo Freire que dizia que o Brasil deveria sulear e não nortear, entendendo que não se referia a agulha de uma bússola este norteamento, mas sim, olhar para o norte, para América do Norte.

Na Roberto Freire ainda podemos encontrar outros povos disputando outros serviços. Brasileiros e Holandeses no mercado do varejo de combustível. França no ramo de supermercados. Alemães e orientais na revenda de veículos. O homem desde as épocas remotas instalava-se ao redor de poços, junto à costa e à margem de rios, sempre onde existe água. Hoje vivemos a Nova Era e a Roberto Freire um rio, é um canal de energia.

 

MARKETING DE GUERRA NA BATALHA DA ROBERTO FREIRE (****)
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Século passado, Segunda Guerra Mundial, o lançamento de panfletos por aviões foi um dos meios de se combater, manejando e manipulando a informação de amigos e inimigos em zonas ocupadas, nos diversos teatros de guerra. E as mesmas armas estratégicas de marketing não poderiam faltar na Batalha da Avenida Roberto Freire.

Milhões de panfletos foram lançados por aviões no decorrer da última Guerra Mundial (Lilian Mascarenhas). Existe uma pista de aviões desativada dentro do Parque das Dunas, uma área militar pertencente ao Exército, protegida por leis federais. Lançar panfletos pela Avenida Roberto Freire poderia acarretar prejuízos na fauna e flora do parque, uma multa pela prefeitura e descrédito das faculdades. As estratégias são os outdoors. Produzidos por recursos humanos. Os exércitos produtores de acontecimentos e conhecimentos, outras faculdades que não se encontram no teatro de guerra, a Avenida, são obrigados a aumentar doses de ataques. E como aqui acontece uma guerra que não produz nem mortos e nem feridos utilizam as armas de marketing colocando outdoors em espaços à frente dos inimigos fazendo-os perderem espaço visual na avenida, ao mesmo tempo em que promovem um recrutamento. 

Em atitude desesperadora, com a carga emocional trazida pelo fim do milênio (in Nivaldo Junior). Buscam belas imagens que passam mensagens subliminares, sabendo que o primeiro enquadramento gráfico é mais potente que o segundo. Não só a cidade, mas a avenida está repleta de outdors dos já citados exércitos, desta batalha, com imagens em close de formandos e formados, felizes, com traços fisionômicos belos. Ao mesmo tempo em que especialistas oferecem novas estratégias de inovação em recursos humanos.

Um avião americano de patrulhamento e pesquisa vem sobrevoando a região de Natal e Parnamirim ultimamente, o P-3 Orion. A grande vedete das novas carreiras implantadas, em novos cursos, remete a imagens de guerra, Florence Nightingale (1820-1910). Florence é um marco na história da enfermagem por mudar o paradigma no tratamento de doentes e feridos, participou como voluntária na Guerra da Criméia (1853-1856). Um símbolo brasileiro tornou-se ícone da nossa enfermagem, Ana Nery (1814-1880), participou como voluntária da Guerra do Paraguai, onde acompanhou os filhos (in Baptista e Barreira). Nightingale percebia e entendia que o asseio, a limpeza e o cuidado seriam essenciais na recuperação de enfermidades, pouco a pouco a ciência foi justificando as razões. A Missão Rockfeller troxe este novo modelo de cuidados no Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas (in Franco Santos), foi a presença americana no Brasil tal como acontecida na Segunda Grande Guerra. A sociedade está enferma com carência de conhecimento e informação. Um novo paradigma se faz necessário.

Ainda vivemos uma época tecnicista em que só acreditamos no que é visível. Em coisas visíveis, e nas inalcançáveis, sob lentes de microscópio ou telescópio. Pelo mundo espalhou-se que o mundo terminaria em 2012, Hércóbulos ou planeta vermelho (in Rabolú), calendário Maia e Nibiru foram algumas citações. Não acreditamos no que possa estar ao nosso lado ou simplesmente nossos olhos não vem. O mundo que conhecíamos está acabando, com uma enorme velocidade dos acontecimentos e informações, surge a Nova Era.

 

(****) Texto Publicado:

Jornal de Hoje em 27/agosto/2012 – Natal/RN

 

Recordando uma Batalha na Avenida Roberto Freire
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