segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Homo natalensis XIII



Homo natalensis XIII.
Copa 2014 – A guerra que não aconteceu




As cidades sedes da Copa 2014 foram alvos de demolições e destruições. Ícones arquitetônicos que representavam as cidades pelo Brasil e pelo mundo foram destruídos e demolidos. Exércitos de turistas estrangeiros desembarcaram, invadiram as cidades e ocuparam suas praias. Ocuparam cidades, instalando-se em vários alojamentos e acampamentos.

Aeroportos foram adaptados e climatizados para receber as tropas turísticas acostumadas com outros climas. Criou-se nos aeroportos um ambiente de transição e adaptação climática. Uma adaptação ao ambiente de guerra antes de se encaminhar ao front, para batalhas que aconteceriam em arenas.

Para pousos e decolagens de aeronaves em Natal/RN foi construída uma nova pista mais afastada do litoral, longe do alcance visual de navios. Inúmeras estratégias e necessidades podem ter sugerido uma transferência de um ponto logístico, que pode funcionar como um roteador de cargas e bagagens, civis ou militares, conhecimentos e informações. Construíram uma pista com maior capacidade de receber maiores aviões, de cargas ou passageiros, nacionais ou estrangeiros. Uma pista contando com um grande espaço em torno da área aeroportuária, que poderá ser em um momento mais bem aproveitado, como um novo aeroporto mais moderno, dentro de novos padrões mundiais, com critérios internacionais. E tal como um dia acontecera, em Natal, uma renovação, quando instalações militares se tornaram instalações civis, com fins comerciais.

Aviões e radares patrulharam incessantemente os céus, em um reconhecimento permanente. Um espaço aéreo privativo foi criado para as tropas que desembarcavam ou embarcavam. Espaços que garantissem aos aviões em voos internacionais, e até nacionais, amplos espaços, para áreas de manobras em pousos e decolagens, evitando e prevenindo ataques, emergências e colisões.

Lanches em lanchonetes e cantinas, nas arenas, foram criados para que os exércitos pudessem se alimentar entre uma batalha e outra. Lanches conhecidos e reconhecidos foram oferecidos, aos brasileiros e estrangeiros. Uma onda de gestão da qualidade com praticas de manipulação e conservação de alimentos também invadiu a cidade para garantir que as tropas não sofressem uma intoxicação alimentar, com as praticas locais não aprovadas ou não regulamentadas. Contaminações por praticas não higienizadas, e condenadas por uma cozinha mundial, com uma gastronomia aprimorada. Temperaturas recordes aconteceram e marcaram o campeonato mundial. Com um clima de guerra, termômetros atingiram temperaturas nunca registradas, que podiam deteriorar alimentos, de origem vegetal ou animal. 

Um dia imigrantes chegaram e montaram comércios. E agora uma nova gastronomia vai ocupando das ruas. A partir de uma gastronomia local já existente, uma nova gastronomia vai se adaptando a novas regras em novos veículos, com novos visuais em novos ambientes. Com novos critérios e novas regras de conservação e manipulação de alimentos. Quem sabe talvez impere uma nova dominação de gastronômica fast pelas ruas. Substituindo uma antiga gastronomia já enraizada em locais fechados como os fast food.

Um novo ritmo pode ser criado a partir de uma alimentação. Determinando tempos e movimentos, com intervalos de trabalho e de alimentação. Determinando critérios de tempo e de ingestão, com produtos determinados e calculados em qualidade e quantidade.
Uma nova linguagem vem sendo implantada, uma linguagem por símbolos e sinais, mais algumas mensagens codificadas. Uma linguagem que já ocupa ruas e calçadas. Uma linguagem que requer uma velocidade para se entendida e verificada.

Por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Natal/RN em 11/01/15

Artigo Publicado em:
 Natal/RN | 12/01/2015 | Jornal de Hoje
http://issuu.com/jornaldehoje/docs/12012015/2

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