segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Um conhecimento que circula pelas ruas (2)





Um conhecimento que circula pelas ruas (2)

" .... Um grafite ou uma pichação tem uma informação, assim como uma faixa amarela sobre o chão, a sinalização tátil de alerta e direcional (sentido da visão e do tato). O meio fio, também chamado de guia, delimita os espaços dos automóveis e dos pedestres...... "

Jornal de Hoje.
26/01/15
Natal/RN






Quem não se comunica se trumbica, já dizia o Velho Guerreiro. O líder de audiência também dizia que na TV nada se cria, e tudo se copia; como uma alusão as palavras de Lavoisier: “Na natureza nada se cria. Nada se perde, e tudo se transforma”. Abelardo Barbosa estava com tudo e não estava prosa. O Velho Guerreiro tomou emprestado um teorema da ciência, e levou para a comunicação. 

A comunicação esta por toda parte, chega pelos sentidos do corpo humano e pelos aparelhos criados pelos humanos. Um grafite ou uma pichação tem uma informação, assim como uma faixa amarela sobre o chão, a sinalização tátil de alerta e direcional (sentido da visão e do tato). O meio fio, também chamado de guia, delimita os espaços dos automóveis e dos pedestres. Ruas para carros e calçadas para pedestres (o sentido da visão). Um carro ao subir uma calçada, ultrapassando o meio fio, vem um balanço ou uma trepidação (tato), um alerta ao motorista de estar em local errado.

Chacrinha tinha por hábito distribuir alimentos ao publico e troféus aos participantes, que também podiam ser alimentos. Era patrocinado por uma rede de supermercados que hoje não existe mais. Usava uma cartola, e sobre o peito um grande disco de discagem, lembrando os antigos telefones, e a comunicação. E ainda tinha uma buzina, pendurada no pescoço, para reprovar calouros em seu programa. Buzina um símbolo e instrumento de pequenos negociantes, que levavam ou ainda levam mercadorias em triciclos ou pequenos carrinhos, pelas ruas, e de porta em porta, acionando a buzina (audição), para atrair clientes. Pequenos comerciantes como padeiros, sorveteiros, pipoqueiros, peixeiros e verdureiros. Pipoqueiros podem alem de usar buzinas e suas vozes, podem usar também o aroma das pipocas, durante o processo de preparo de sua mercadoria, como estratégia de divulgação. Uma informação circulando no ar, o olfato instigando o paladar. De vendedores ambulantes com carrocinhas de lanches, chegamos hoje ao fast food truck, levando um maior apelo de marketing, com gestão de alimentos, e critérios de manipulação.

Chacrinha fez associações entre as mercadorias e a comunicação, dando oportunidade a autores e cantores, e a calouros também, de exporem suas opiniões em suas canções, e com suas vozes. Os que ali em seu programa se apresentavam tinham a oportunidade de apresentar seus produtos, ou seus serviços. Como a sua imaginação usadas em composições, associada ao seu conhecimento. E tendo suas vozes, como instrumentos de divulgação.

Desde os tempos muito remotos, o homem teve uma necessidade de se comunicar. O texto bíblico já mostra por diversas vezes, uma comunicação do homem com Deus. Uma comunicação entre o céu e a terra. E por vezes uma comunicação silenciosa, chegando a brados em direção aos céus. Hoje vemos e observamos igrejas e religiões. Umas com orações silenciosas, e outras com um grande bradar, lembrando chuvas torrenciais, trovoadas e relâmpagos.

Alem de uma comunicação com Deus o homem teve a necessidade de se comunicar com outros homens, pessoas com outras moradas, instaladas em outros lugarejos, em outras cidades, outros países e outros continentes. As respostas sempre vieram do céu. Hoje o homem continua sua busca incessante em descobrir vidas em outros planetas, em busca de novos vizinhos planetários. Assim como Deus poderia enviar respostas vindas do céu, muitas respostas hoje também chegam do céu, estão armazenadas nas nuvens.

Continuamos atrás de respostas vindas do céu. Vivemos em busca de novas descobertas siderais, para que possamos um dia se comunicar com os novos vizinhos.  Vizinhos com os quais poderá ser possível trocar informações, trocar necessidades e negociar serviços e mercadorias. Como negociar pousos e decolagens. Tal como navios e aviões negociam suas próximas escalas, por alguns mesmos motivos: de abastecimentos e manutenções; para embarques e desembarques de mercadorias e passageiros. Tudo gera e é gerado por comunicação. 

Nos transportes terrestres, usamos rodovias e ferrovias. Navios e aviões circulam em hidrovias e aerovias, obedecendo a critérios de navegação, aérea, marítima ou fluvial. Cada sistema de transportes pode ter suas regras e suas comunicações. E muitas formas de comunicações, transferindo um conhecimento e uma informação, são comuns a todas as modalidades de transportes, da modalidade a pé a modalidade motorizada, na terra, no ar e no mar.

Natal/RN – 25/01/15

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